Arquivo do blog

domingo, 25 de março de 2012

A SEMEADURA E O ESPANTALHO.

     Nós nos acostumamos a tanto barulho, que alguns de nós temos nossos ouvidos cauterizados ao suave sussurro da voz do Espírito Santo dentro de nós.
     A oração é o adubo que prepara o coração do homem para a semeadura da Palavra, ela remove as pedras, neutraliza os pássaros e queima os espinhos.
     O adversário não precisa de ajudantes, os anjos decaídos já fazem isto e de uma maneira satisfatória, quando não vigiamos com a terra, passeando por ela, conhecendo suas características, suas potencialidades e dificuldades, ajudando a corrigir suas imperfeições, assemelhamo-nos a meros espantalhos estáticos, sem vida, balançando ao sabor do vento, incapazes de efetuar qualquer ação de intimidação ou cuidado.
     Muitos de nós não estamos assim?
     Quais espantalhos, temos nossos braços pendentes ao longo do corpo numa atitude típica de indiferentismo. As roupas deste instrumento (espantalho), são rotas e rasgadas, desbotadas pela ação do vento e do tempo, tal qual alguns pseudos servos que há muito estão perdendo o brilho do Espírito Santo em suas faces e suas armaduras não reluzem mais e nem tão pouco infundem respeito.
     O espantalho traz em sua cabeça um tosco chapéu de palha, que para nada serve, exceto para descanso dos pássaros bem como seus braços estendidos também servem de puleiros, tais quais alguns de nós cujo capacete da salvação já foi perdido e os braços estão imóveis, paralisados pelo veneno da inércia transferido pelas garras do inimigo; já não defendem nem tão pouco atacam.
     A tarefa do espantalho seria apenas a de, cujo próprio nome já diz, espantar os pássaros daninhos, mas ao invés disso, muito pelo contrário, passaram a atraí-los, servindo de zombaria e escárnio.
     Na vida real também algo semelhante não acontece?
Ev. Luíz Carlos

O PERFUME DE NARDO

     A sala só ficou inundada com o suave perfume de nardo puro quando a mulher quebrou o frasco, caso contrário, numa atitude egoísta, o frasco reteria até hoje para si aquele doce aroma, tal qual muitos de nós, contrariando a ordem de Yeshua, insistimos em nos calarmos.
    A experiência e a mensagem de salvação deve ser colocada como uma pedra preciosa, em destaque na coroa, para que todos vejam e se sintam atraídos por seu brilho e por ela.
     O destino do mundo seria bem diferente do que é hoje se a igreja de Yeshua ocupasse a posição que lhe foi conferida, ou seja, vanguarda, ao contrário da realidade em que muitos de nós vivemos, ou seja, acomodados na retaguarda e firmemente defendemos heroicamente esta posição. Tudo porque o vaso está fechado, hermeticamente sua tampa impede a interação do seu tesouro com o mundo deteriorado.
     Vasos de perfumes preciosos que para nada servem se não forem compartilhados, divididos e derramados. Privamo-nos de sermos contagiados por sua fragrância mantendo-os fechados dentro de nós, quando a realidade nos mostra que fica sempre um pouco de perfume nas mãos daqueles que oferecem rosas.
     Esquecemo-nos que o perfume não é nosso, somente do vaso temos a guarda, e mesmo assim, por um pocochito de tempo. Quão bom é quando o egoísmo involuntário se vai, quando nossas mãos se abrem, quando nossa carne e subjugada, quando o sacrificar cede ao obedecer, quando nossos lábios se convertem e aflora a Palavra de Deus. Uma ordem tão simples quanto um aceno de mãos, quanto o esboçar de um sorriso, quanto o piscar de um olho.
     Ela continua válida em nossos dias e no meio do exército celestial arde uma grande expectativa quanto ao seu cumprimento. Perdemos uma tremenda oportunidade (ou pecamos) de gerar no coração de Yeshua um sorriso tão grande quanto o universo que Ele criou, quando, através de nosso amor, gratidão e obediência, simplesmente deixamos nos conduzir por seu Ruach HaKodesh e como criança que acaba de aprender a falar, entregamos nossos lábios a Yeshua e Ele começa a falar em nós, para nós, através de nós e por nós.
     Céu e terra se fundem em uma adorável sinfonia quando pregamos o Evangelho e falamos do seu amor, da sua shalom. Há um silêncio magistral no céu quando o mais humilde e obediente servo se põe como Atalaia de Yaveh, Shofar de Yeshua, e proclama as boas novas que, ungidas por seu Ruach HaKodesh, amolece a mais dura rocha e destrói os mais firmes argumentos.
     Esta parceria entre céu e terra abala as estruturas espirituais e liberta os cativos, cura os enfermos da alma, traz alegria, paz e perdão ao mais vil pecador.
     Quando proclamada e aceita, provoca no céu uma explosão indizível e indescritível de alegria, brados de glórias e júbilos ecoam pelos céus da eternidade, simplesmente quando você e eu anunciamos o Evangelho, ou seja, abrimos o nosso jarro e liberamos o nardo puro que há dentro dele (de nós).
     Contrastando com as marcas dos pregos e da lança no corpo de Yeshua, nossa obediência em inundar o mundo com a fragrância liberada do evangelho também deixa uma outra marca em seu corpo, ou melhor, em sua face...
     - ...um sorriso em seus lábios.
Ev. Luiz Carlos (Mc 5.19)
          ASSIM É A TORÁ DE YESHUA.


          A Palavra de Deus assemelha-se, a grosso modo, a um rio caudaloso, riquíssimo em pedras preciosas dentre as quais pepitas de diamantes, alguns encontrados às margens, visíveis, onde, crianças e idosos, cansados e enfermos, ricos e pobres, jovens e adultos, podem sem muito esforço, enricar; outros estão no meio do rio e exigem um esforço, investimento e disciplina maior para serem conquistados.
     Vale observar também que alguns diamantes são de tamanhos diminutos, mas não deixam de serem diamantes, que somente um exímio garimpeiro consegue perceber suas presenças e diferenciá-los entre os cascalhos que, com o brilho do sol, também parecem ser diamantes.
     Os trabalhadores de menor recursos garimpam com três, quatro ou mais bateias de trama cada vez menor, para que as gemas preciosas que podem fazê-lo mudar de vida não se percam e sejam devolvidas ao rio.
     Que lições podemos tirar?
     - De margem a margem, da nascente à sua desembocadura, há diamantes, a vista ou submersos.
     - Uma verdade insofismável, o diamante deste rio é a única pedra que não se deixa riscar e a todas as demais ela risca, provando sua autenticidade.
     - Este diamante não sofre a ação deterioradora do tempo, mas quanto mais ele passa (o tempo), mais ele (diamante) se valoriza.
     - Não existem cálculos humanos precisos que estabeleçam data de sua validade ou tempo para que deixem de existir , alguns tentaram mas todos falharam.
     - Este rio aflora do interior da terra e por onde passa transforma tudo ao seu redor, trazendo vida e frescor, beleza e paz.
     - Este rio é único no mundo e peculiar, pois todos que dele se aproximam e mergulham são gratificados sempre; ninguém até hoje que se saiba arrependeu-se ou empobreceu; assim é a Torá de Yeshua.
    Ev. Luiz Carlos (25Mar12)