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sexta-feira, 22 de julho de 2011

ORAÇÃO SEM NOME

ORAÇÃO SEM NOME
     Em um campo de batalha, foi achado este poema no bolso de um soldado não identificado. O rapaz fora estraçalhado por uma granada. Em sua roupa restava, apenas, intacta, a folha com estes versos:
     "Escuta DEUS...jamais falei contigo...hoje...quero saudar-Te:
     “Bom dia, como vais?” Sabes? Disseram que o Senhor não existia...e eu tolo, acreditei que era verdade...”
     “Nunca tinha reparado na tua obra... ontem a noite, na trincheira rasgada por granadas....vi Teu céu estrelado... e compreendi então... que me enganaram....”
     “Não sei se apertarás a minha mão... vou Te explicar... e has de compreender...”
     “É engraçado!!! nesse inferno... achei a luz para enxergar o Teu rosto... dito isto... já não tenho muita coisa pra contar... só que... que... tenho muito prazer em Te conhecer. “Faremos um ataque hoje a meia-noite... Não sinto medo. DEUS... sei que Tu velas por mim....”
     “Ah é o clarim!”
     “Bom DEUS... devo ir-me embora... gostei de Ti... vou ter saudades... quero dizer... será cruel a luta... bem o sabes... e esta noite... pode ser que eu vá bater em Tua porta!... muito amigos não fomos... é verdade... mas... sim.... estou chorando... Vês, DEUS, penso que já não sou tão mau assim”
     “Bom... DEUS... tenho que ir... sorte é coisa bem rara... juro porém que não tenho mais medo da morte”